"História da Aloe Vera e suas Curiosidades"
O nome Aloe vera seria originário do hebráico halal ou do arábico alloeh (= substância amarga, brilhante) e do latim vera (= verdadeira). Ao que tudo indica, ela é considerada uma planta poderosa há muito tempo. Antigos muçulmanos e judeus acreditavam que a babosa representava uma proteção para todos os males e, por isso, usavam as folhas até penduradas na porta de entrada da casa.
Alexandre, o Grande, teria conquistado as Ilhas de Socotorá, no Oceano Índico (século IV a.C.), porque lá vegetava abundantemente um tipo de babosa que produzia uma tinta violácea.
Há quem diga, entretanto, que na verdade, o conquistador conhecia os poderes cicatrizantes da babosa e seu principal interesse nas ilhas era ter plantas suficientes para curar os ferimentos dos seus soldados após as batalhas.
Quanto às suas virtudes cosméticas, basta dizer que ao serem descobertos os segredos de beleza de Cleópatra, a polpa da babosa ocupava lugar de destaque. O que parece ser confirmado pela indústria atual, pois o ingrediente entra na fabricação de inúmeros cremes, loções bronzeadoras, shampoos, condicionadores, máscaras, etc.
Babosa fortalece o sistema imunológico
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Além de beneficiar a pele e os cabelos, essa planta fortalece o sistema imunológico.
Há muitos séculos que civilizações do mundo inteiro consomem a babosa. Suas propriedades curativas são comprovadas pela ciência.
É uma planta rica em minerais e vitaminas antioxidantes que evitam o envelhecimento das células. Tem aminoácidos essenciais e secundários que regeneram e recuperam os tecidos, enzimas que atuam no processo digestivo, acelerando o metabolismo e, portanto, favorece a eliminação das toxinas e do colesterol. Outra substância, a acemannan, ativa o sistema imunológico na defesa contra vírus, bactérias e poluição ambiental.
A babosa também apresenta princípios ativos fitoterápicos que penetram na pele, hidratando e nutrindo. Seus componentes saponínicos e antraquinônicosagem como analgésico e antiinflamatório nas dores de coluna e outras dores. Os agentes alcalinizantes do sangue nela contidos, devido à normalização do PH, promovem equilíbrio fisiológico celular.
A FDA (Food and Drug Administration, dos Estados Unidos) admite que o suco da babosa tem no máximo 50ppm de Aloin, pigmento amargo de cor amarela e brilhante que está presente na casca e que deve ser estabilizado para o uso oral e local.
/A estabilização significa que a babosa está livre de contaminação por bactérias, fungos e vírus, como conservantes naturais e antioxidantes para proteger sua cor e paladar.
Propriedades
Entre as inúmeras qualidades da babosa, destaca-se poderosa ação antipatológica, obtida por meio da estimulação do sistema imunológico, em casos de câncer de origem ionizante e biológico, gastrite e úlcera gástrica e duodenal, hipertensão arterial e problemas cardíacos, obesidade, artrite reumática e gota, artrose e osteoporose, prostatites e infecções ginecológicas, cálculos renais e vesícula biliar, alergias respiratórias como asma e bronquite e problemas dermatológicos como psoríase e aczema.
A babosa tem grandes benefícios quando usada externamente. Em forma de gel, 100% estabilizada, ela é incidaca para queimaduras, feridas incisivas, lesões por infecções bacterianas, eczemas e psoríase. Nesses casos, sua ação ocorre devido à penetração nas três camadas da pele, trazendo células hidratadas e oxigenadas para superfície, e removendo-as.
A babosa que contenha elastina, colágeno e óleos essenciais é eficaz para hidratação e regeneração nutricional celular, resultando na perfeita manutenção da jovialidade da pele.
Por causa dessas propriedades, várias civilizações no passado homenagearam a Aloe Vera (a babosa) como dádiva à humanidade.
Na Índia, era chamada de cetro divino (as folhas apontam para o céu). Os chineses a chamam de Lu-Hui e a consideram boa para a saúde, longevidade e potência sexual. No Egito, em 1550 a.C., o papyrus ebers detalhava minuciosamente o valor medicinal da Aloe Vera. O herbário grego, Dioscorides (41-68 d.C.), afirma que a planta pode "induzir ao sono, fortificar o corpo, diminuir a barriga e limpar o estômago". Na Colômbia, é costume amarrar folhas de babosa nos pés e nas mãos de crianças para proteção contra mordidas de insetos. Tribos africanas, em epidemia de gripe, banhavam-se infusão de babosa para eliminar os germes. Caçadores esfregavam a babosa no corpo para disfarçar o odor da transpiração e passarem despercebidos pelos animais.
A babosa é um fitoterápico cujos benefícios possuem ampla comprovação científica. Seu uso é também extensivo à veterinária.
africana, pertencentes à Família das Lileáceas. As espécies mais conhecidas como medicinais são a Aloe vera, que nasce em forma de tufo e produz flores amarelas e a Aloe arborescens, que nasce em torno de um pequeno tronco e produz flores alaranjadas e vermelhas.
Além da diferença na disposição das folhas, a Aloe arborescens apresenta espinhos mais proeminentes nas bordas das folhas.
No seu livro, o Frei Romano Zago afirma que a espécie Aloe arborescens apresenta melhores resultados que a Aloe vera (barbadensis) - mais usada na indústria cosmética. Para ele, as propriedades medicinais encontram-se na folha toda e não apenas no gel, assim, como na arborescens o volume da casca é muito grande, há maior concentração de substâncias.
Segundo o produtor Rogélio Dosouto, a babosa, (tanto a Aloe vera quanto a arborescens) desenvolve-se bem em qualquer tipo de solo, desde que seja bem drenado.
Mas, precisa de pleno sol para se desenvolver bem. Além de medicinal, a babosa é muito ornamental: pode ser usada em jardins de pedra ou cultivada em vasos, por exemplo. Neste caso, o substrato ideal é uma mistura de 1 parte pó de xaxim, 1 parte de terra vegetal e 1 parte de areia. Para acelerar o desenvolvimento, após o plantio da muda e seu perfeito enraizamento, o produtor aconselha uma adubação com NPK 10-10-10, ao redor da planta. Após um ano ou quando a planta estiver bem desenvolvida, a recomendação é para usar NPK 4-14-8, também ao redor da planta, duas vezes ao ano.
É interessante usar sempre um vaso grande (com no mínimo 20 cm de diâmetro), pois tanto a Aloe vera quanto a Aloe arborescens emitem brotações laterais que, após atingirem cerca de 15 cm., podem ser aproveitadas como mudas para a formação de outros vasos.
Qual tipo de Aloe Vera?Não há evidências reais para sugerir que a folha inteira, que inclui a casca e o gel (que são geralmente filtrados sendo o gel mais concentrado) são tão eficientes quanto o gel por si só. Contudo, o que é mais importante é a qualidade e a quantidade de Aloe num produto manufaturado. Infelizmente a maioria dos produtos encontrados no mercado, cujos rótulos dizem conter gel da Aloe contém na verdade apenas uma pequena quantidade do gel.
Na dúvida, procure pelo selo de certificação do Conselho Internacional da Aloe Vera, que é um órgão independente que monitora e regula a quantidade e qualidade dos produtos de Aloe. Se o selo de aprovação (que é dado anualmente) aparecer na embalagem do produto, tenha certeza de que a qualidade deste em relação a Aloe é garantida.
Por que funciona?
Funciona porque fornece um rico coquetel de elementos nutricionais que combinando sua ação e equilíbrio produz um efeito muito mais poderoso do que aquele que seria esperado se os elementos estivessem separados individualmente. Isso ocorre porque eles trabalham como um time, intensificando os efeitos de cada um conhecido como sinergia. Aloe também tem propriedades adaptogênicas, o que significa que é uma substância que aumenta a resistência do organismo contra problemas como infecções ou stress.
Onde a Aloe funciona?
Por causa das qualidades nutricionais e antioxidantes da Aloe, ela ajuda a prevenir feridas no tecido epitelial e quando ele está danificado, auxilia na sua regeneração. Antioxidantes lutam contra os radicais livres, os componentes instáveis produzidos pelo metabolismo e encontrado em poluentes ambientais. Eles são causadores de vários males incluindo câncer e o processo de envelhecimento.Um epitélio é um termo anatômico definido como: "Uma camada de células que cobre o corpo ou alinham uma cavidade que se conecta a ele".
Nosso maior epitélio é nossa pele, mas também inclui os tecidos dos intestinos, os brônquios e o aparelho genital. Não é de se admirar que Aloe trabalha tão bem em peles feridas quanto em inflamações intestinais ou em asma.
Como funciona?A ação de seu anti-inflamatório natural e anti-microbial combinados com seus elementos nutricionais promovem o crescimento celular e portanto, ajudam a reverter o processo inflamatório. Contudo, não somente útil para pessoas com problemas. A maioria ao tomar Aloe demonstram uma grande sensação de bem estar, eles simplesmente se sentem melhor ou se mostram mais calmos e menos ansiosos.
Conclusão:
Aloe Vera não é uma panaceia para todas as doenças e não há mágica nela. Eu acredito, que ela funcione primariamente nas duas áreas já mencionadas: tecidos epiteliais e sistema imunológico. Isso é largamente registrado por casos evidenciados por milhares de pessoas através dos séculos que relataram os vários benefícios em problemas de pele como eczemas, psoríase, úlceras, queimaduras, acne e picadas de insetos.
Eles acharam o alívio em doenças intestinais como colite, diverticulite e síndrome do cólon irritado. Outras condições resultantes de uma desordem no sistema imunológico como artrites, asma, Síndrome de fadiga pós viral e lúpus eritematoso, melhoraram depois da ingestão regular do gel da Aloe Vera. Aloe Vera portanto, tem um papel complementar a cumprir no tratamento de várias condições.
É muito importante contudo, que as pessoas procurem sempre seus médicos quando o diagnóstico for duvidoso ou quando não encontrarem melhoras em suas condições de saúde. Se autodiagnosticar pode ser muito perigoso uma vez que uma doença grave pode parecer algo sem importância algumas vezes.
Sobre o Autor -
Dr. Peter Atherton
MB Chb. D. Obst. RCOG. MRCGP.
Graduado em 1968 na Universidade de Leeds e após 6 anos no Corpo médico do exército Real, se tornou clínico geral. É atualmente Sócio Sênior de um treinamento prático com interesses especiais
Ela dá diversas palestras sobre os aspectos medicinais da Aloe e é o autor de "Aloe Vera Essencial", seu trabalho definitivo sobre o assunto. Ele é um pesquisador da GIFTS of HEALTH e também freqüentemente um pesquisador temporário na Universidade de Green e Oxford.
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